quarta-feira, 13 de junho de 2012

O AMOR QUE EU QUERO PRA MIM


Eu quero o amor verdadeiro do Exupéry.
O dolorido do Caio F.
O avassalador do Carpinejar.
O amor romântico do Vinicius.
O contraditório do Camões.
O sem pedir retorno do Shakespeare.
O sem razões do Drummond.
O amor malandro do Chico. 
O que te enche de rosas do Pessoa.
O que perdoa tudo da Coralina.
O amor vivido até a ultima gota da Clarice

Eu quero aquele amor que te liga pra te acordar.
Dar bom dia.
Perguntar se comeu.
O amor perdigueiro que divide o dia em 10.
Só pra ter 10 motivos para ligar.
Saber o que vai fazer hoje.
Dizer que está com saudades.

O amor que te veste e te despe.
Com carinho.
Com cuidado.
Sem o menor pudor.

Eu quero o amor que vasculhe minhas coisas.
Quero mesmo o ciúme descabido.
Que leia minhas mensagens.
Que leia minhas idéias.
Que pergunte pra onde eu vou.
Com quem.
Quando.
Porque.
Precisa? 

O amor que conquista meus amigos.
Que é amigo do meu melhor amigo.
Que é meu melhor amigo.

Eu quero o amor que me escreva cartas.
Que lute com os dragões.
Que prometa amor eterno.
Pode ser eterno só enquanto durar. 
Podem ser os dragões de casa mesmo. 
Pode ser uma mensagem de texto no celular. 

Eu quero o amor que quer me conquistar todo dia.
O amor que fica rouco de tanto elogiar meus olhos.
E meu sorriso.
Que me traga um café na cama.
E não reclame que eu esqueci a toalha.

Eu quero um amor pra contar histórias. 
Eu quero um amor que termine minhas histórias.
Que termine minhas histórias sobre o amor.

Lucas Araujo

 

Daniela Botti D. Bastos

Bióloga

 

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